sexta-feira, 3 de março de 2017

Presente de aniversário para o Jardim Botânico de Bauru: Trabalho de pesquisa do Jardim Botânico é publicado na revista científica Cadernos de Saúde Pública (CSP) – Fiocruz

Mês de março é aniversário do Jardim Botânico Municipal de Bauru, comemorando 23 anos de existência. Neste ano de 2017 o Jardim ganhou um ótimo presente: um trabalho publicado em uma revista científica.

Em 2015 o Jardim Botânico de Bauru desenvolveu um trabalho monitorando bromélias de sua coleção para diagnosticar o potencial das mesmas como criadouros de larvas de Aedes aegypti e Aedes albopictus.

A ideia de desenvolver este trabalho surgiu durante uma visita da equipe de Controle de Endemias do Centro de Controle de Zoonoses de Bauru, após a inauguração da nova coleção de bromélias. O intuito foi mostrar a ocorrência de larvas de Aedes, uma vez que na época estava ocorrendo uma epidemia de dengue, febre chickungunya e zika no país. A partir deste momento o Jardim Botânico passou a monitorar pelo período de 12 meses a ocorrência de larvas de mosquitos nas bromélias de sua coleção.

Coleção de bromélias do Jardim Botânico Municipal de Bauru
Muitas espécies de bromélias reservam naturalmente água entre as folhas e podem abrigar muitas
 espécies de animais além de servir de criadouro para larvas de mosquitos.


A autora da pesquisa foi a Bióloga do Jardim Botânico Dra. Viviane Camila de Oliveira, em parceria com o Centro de Zoonoses da cidade de Bauru (responsável pela identificação das larvas). O título do trabalho foi “Ocorrência de Aedes aegypti Aedes albopictus em bromélias cultivadas no Jardim Botânico Municipal de Bauru”. O trabalho foi publicado em janeiro de 2017 na revista científica Cadernos de Saúde Pública (CSP) – Fiocruz.

O estudo apresentou que as bromélias do Jardim Botânico não constituíram foco de Aedes albopictus e Aedes aegypti, pois foram encontrados um reduzido número de larvas em comparação a outros trabalhos realizados em áreas urbanas. O resultado deve-se ao fato do Jardim Botânico estar distante da área urbana e próximo à mata nativa e também pela coleção ser protegida por uma tela. Devemos ressaltar que as espécies de bromélias que acumulam grande quantidade de água em seu tanque podem, em áreas urbanas, se tornar criadouros em potencial na ausência de criadouros preferenciais como pneus, garrafas e caixas d´água, sendo necessário o monitoramento constante.

Coleta de água para verificar a ocorrência de larvas.
Este estudo pode servir de referência para outros Jardins Botânicos próximos a áreas naturais ou para colecionadores de bromélias.

A revista Cadernos de Saúde Pública - Fiocruz é publicada mensamente pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz e destina-se à publicação de artigos científicos voltados para a produção de conhecimento no campo da saúde coletiva e fomentar a reflexão crítica e o debate sobre temas da atualidade relacionados às políticas públicas e aos fatores que repercutem nas condições de vida e no cuidado da saúde.

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